Preservar é a chave
A endodontia, mais conhecida por desvitalização, é a terapêutica final quando uma cárie está demasiado avançada e invadiu ou infetou a polpa dentária. A preservação da estrutura dentária é a máxima deste tratamento, em que é removido o nervo do dente e feita a descontaminação e tratamento do interior dos canais dentários seguida do selamento dos canais com materiais apropriados.
Isolar para proteger
Para um melhor resultado é feito, sempre que possível, o isolamento absoluto do dente a ser tratado, de modo a que todos os fluídos presentes na cavidade oral e que contaminam os canais radiculares fiquem isolados do dente. Este processo garante uma verdadeira desinfeção da área de trabalho e um selamento eficiente dos canais.
A preservação em três sessões
1.ª Instrumentar: é, normalmente, a primeira consulta de desvitalização e é caracterizada pela passagem de limas de diferentes calibres dentro dos canais, assim como irrigantes e desinfetantes. Nesta consulta remove-se a polpa, o tecido infetado e é feita a desinfeção dos canais, dando a estes o seu formato final (até à obturação é possível deixar medicação intra-canalar).
2.ª Obturação: é a consulta em que é feita um protocolo de desinfeção final e os canais são selados definitivamente com cones próprios e um cimento à base de resina. É expectável que no final desta consulta os canais do dente estejam tridimensionalmente selados, desde a base da coroa até à ponta das raízes, impedindo a infiltração e proliferação de bactérias.
3.ª Restauração: esta fase pertence à Dentisteria, mas é feito no final do tratamento endodôntico de forma a devolver a função e estética naturais do dente.
Equipa Responsável: Dr.ª Joana Teixeira e Dr.ª Rita Vaz